Depois de um game que deixou a desejar no ano passado, tudo indica que a série Assassin's Creed pode voltar ao tempo de glória de Assassin's Creed: Brotherhood com o próximo capítulo da saga.
Assassin's Creed IV: Black Flag, afinal, tem um protagonista muito mais interessante. Ele reúne características centrais à história. É alguém que tem treinamento completo como um assassino, mas que optou por seguir seu próprio caminho, o da liberdade e criminalidade (isso não significa que eles não terá seu papel nas intrigas do embate central da franquia entre assassinos e templários). O personagem faz suas próprias escolhas como um pirata, singrando os mares na era da ouro dos bucaneiros, em 1717, em pleno mar do Caribe.
Durante a longa apresentação do game que acompanhei na E3 2013, pude ver uma missão de assassinato. A produtora que realizou a demonstração explicou que, diferente dos seus antecessores, neste jogo a missão pode ser iniciada e completada depois, com várias delas se acumulando, como em um RPG convencional.
Afinal, o que não faltam em Assassin's Creed IV: Black Flag são desvios e distrações. Cada ilhota, cada vila de pescadores, cada floresta pode esconder segredos. Pedi para que a demonstradora rumasse até uma pedra onde via-se um naufrágio. Do corpo de um marinheiro ela removeu um mapa com a localização de um tesouro. Com o auxílio de um tablet (este é apenas um entre dezenas de games desta E3 que estão fundindo experiências de smartphone/tablet com console) foi aberto um mapa apontando a ilha onde esse tesouro estava marcado.
A segunda tela basicamente tem todo o que você acessa através do pause no game, mas com a diferença que toda a literatura (diários, descrições do mundo, pedaços de informação, etc) podem ser lidos a qualquer momento, sem a necessidade do game estar ligado. Toda a literatura do game, aquela montanha de material que você raramente consome porque está mais ocupado jogado, agora pode ser lida no trasporte público, por exemplo.
Como esperado para essa nova geração (o game rodava em sua versão para PS4) os gráficos estão belíssimos, com texturas e transparências bastante convincentes. Observar um cardume passando nas cristalinas águas caribenhas foi uma das coisas mais bonitas que vi por aqui na E3. Sem falar nas trombas d'agua perigosas e nas baleias saltando (há caça aos cetáceos no game, por mais que a PETA tenha torcido o nariz pra isso). E tudo isso pode ser aproveitado como nunca antes na franquia, já que toda a mecânica foi redesenhada para incorporar mais furtividade ao já clássico "free running", o competente combate e o sistema de batalhas navais (aqui aprimorado) e velejamento do último jogo da série.
Os barcos viraram o centro da diversão - e por serem veículos, dão ao jogador a oportunidade de realizar "viagens rápidas" entre dois pontos (para liberá-los eles precisam ser sincronizados, na tradição da série). Kenway tem sua nau-capitânia e ela serve como sua base. Se antes os upgrades aconteciam nas cidades-sede dos assassinos, aqui é a embarcação que recebe os cuidados. E conforme o navio ganha mais armas, mais tripulação, velas mais poderosas e reforços no casco, pode encarar barcos mais parrudos - que são verdadeiras fortalezas flutuantes. Ou mesmo atacar e tentar saquear fortes de verdade, que protegem ricas cidades. Com o saque, pode-se reparar o navio, fazer melhorias, contratar mais gente, Pense em uma mistura de Sid Meier's Pirates com o melhor de Assassin's Creed para a nova geração...
Outras funcionalidades foram sugeridas, mas a produtora recusou-se a comentá-los. Ainda há muita coisa a ser revelada até 29 de outubro, quando o jogo será lançado mundialmente. No Brasil, uma versão 100% localizada em português, dublada e legendada, é garantida pelaUbisoft.
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